World Liberty Financial apoiada por Trump realoca fundos após "falhas de segurança de terceiros"

A World Liberty Financial, que enfrenta escrutínio do Congresso devido a alegadas vendas de tokens para entidades em regiões sancionadas, incluindo Coreia do Norte, Rússia e Irão, afirmou nesta quarta-feira que está a trabalhar para "realocar fundos dos utilizadores e verificar a identidade dos utilizadores através de verificações KYC" após potenciais violações.

Numa publicação no X, o projeto ligado a Trump afirmou que "um subconjunto relativamente pequeno de carteiras de utilizadores foi comprometido através de ataques de phishing ou frases-semente expostas" devido a "falhas de segurança de terceiros". O projeto está agora a testar nova lógica de contratos inteligentes para proteger estas contas.

"Os utilizadores que submeteram pedidos e cumpriram os requisitos necessários terão os fundos realocados para novas carteiras seguras", escreveu a World Liberty. "Em setembro, congelámos as carteiras afetadas e verificámos a propriedade para garantir uma transição suave."

Não está claro quantos utilizadores foram afetados ou o montante total de fundos em risco. A World Liberty salientou que o problema "não foi um problema da plataforma WLFI ou do contrato inteligente".

"Mesmo com problemas decorrentes de vulnerabilidades externas, a equipa priorizou a segurança dos seus utilizadores enquanto cumpria os requisitos regulatórios", acrescentou a World Liberty. 

Vendas sancionadas?

No início desta semana, os senadores Elizabeth Warren, D-Mass, e Jack Reed, D-R.I., apelaram aos Departamentos de Justiça e do Tesouro para investigarem alegadas vendas de tokens WLF a entidades sancionadas, citando um relatório de setembro da Accountable.US, de acordo com a CNBC na terça-feira.

As transações “suspeitas” envolveram alegadamente o grupo de hackers norte-coreano Lazarus, uma ferramenta russa sancionada de evasão de sanções “lastreada no rublo”, e uma exchange de criptomoedas iraniana, afirmou o órgão de fiscalização.

Não está claro se o anúncio da World Liberty na quarta-feira está relacionado com a carta de Warren e Reed. Esta não é a primeira vez que a World Liberty — que nomeia Eric Trump, Donald Trump Jr. e Barron Trump como cofundadores — levanta preocupações entre membros do Congresso, que têm manifestado preocupações sobre potenciais conflitos de interesse.

Importa referir que vários especialistas em segurança blockchain, incluindo Taylor Moynahan, responsável de segurança da maior carteira Ethereum, MetaMask, e Nick Bax , fundador da Ump.eth, contestaram algumas das análises onchain realizadas pela Accountable que alegadamente ligavam um endereço ao Lazarus.

"Resumindo: alguém escreveu 14 páginas sobre o Lazarus com base numa transferência estranha de um shitcoin," escreveu Bax. "A pior parte de tudo isto (para além do meu senador divulgar desinformação), é que Shryder não só foi falsamente acusado de ser um hacker da RPDC; parece que o seu grande lote de tokens WLFI (~$95k) foi congelado como resultado deste falso positivo."