Uma empresa imobiliária da Nasdaq dispara após sua aposta ousada em LINK

Acumular ativos digitais já não é mais uma excentricidade de geeks ou um capricho de especuladores. Tornou-se uma estratégia quase essencial para diversificar, proteger e, por vezes, salvar uma estrutura financeira. Assim, vemos empresas de “TradFi” acumulando bitcoin ou se aventurando em ether. Mas agora até mesmo altcoins estão ganhando espaço nos portfólios institucionais. E quando uma empresa imobiliária listada na Nasdaq volta seus olhos para Chainlink, todo o mundo cripto presta atenção.

Caliber entra na arena: LINK, alavanca estratégica e choque no mercado de ações

Chainlink agora faz parte do trio principal com Ethereum e Solana, de acordo com o Google Trends, sinalizando um claro ressurgimento do interesse. Nesse contexto, em 28 de agosto de 2025, a Caliber, uma gestora de ativos imobiliários sediada no Arizona, anunciou a adoção de uma estratégia de tesouraria cripto centrada em Chainlink.

O objetivo é acumular LINK, financiando-o por meio de patrimônio, reservas de caixa e emissões de ações. O anúncio provocou um choque: suas ações (CWD) dispararam 77% em poucas horas, chegando perto de US$ 3, segundo o Google Finance.

O CEO Chris Loeffler declarou no comunicado oficial:

Acreditamos que implementar uma estratégia de tesouraria de ativos digitais fortalece nosso balanço patrimonial e alinha a Caliber com o futuro das finanças digitais, posicionando-nos na vanguarda da inovação nos setores imobiliário e de gestão de ativos. 

Nos bastidores, a Caliber monta um Conselho Consultivo de Cripto e se cerca de pesos-pesados: Deloitte, Perkins Coie, Manatt… Uma jogada ainda mais estratégica, já que a empresa enfrenta uma ameaça de deslistagem da Nasdaq por um déficit patrimonial de US$ 17,6 milhões. 

O plano com LINK pode ser sua tábua de salvação. E sua ousadia a diferencia, a quilômetros de distância de empresas que não ousam cruzar o Rubicão cripto.

Chainlink e o novo fôlego para tesourarias cripto alternativas

A Caliber não é um caso isolado. A tendência das “tesourarias de altcoins” está se fortalecendo. Naquela semana, a Trump Media revelou uma estratégia de tesouraria centrada em Cronos (CRO), enquanto a Sharps Technology apostou em Solana. A Caliber, por sua vez, não apenas seguiu a moda: mirou na infraestrutura.

Chainlink, uma rede oracle descentralizada, se estabelece como elo fundamental entre dados do mundo real e contratos inteligentes. Ela alimenta gigantes como Mastercard, DTCC e SWIFT. Ao apostar em LINK, a Caliber investe tanto em um ativo líquido quanto em um tijolo tecnológico.

Números-chave sobre a escolha da Caliber 

• +77%: as ações da Caliber (CWD) dispararam no pré-mercado logo após o anúncio, segundo o Google Finance;
• US$ 17,6 milhões: déficit patrimonial que a empresa precisa cobrir para evitar a deslistagem da Nasdaq;
• US$ 2,9 bilhões: volume de ativos sob gestão da Caliber, distribuídos entre imóveis hoteleiros, residenciais e industriais;
• 16 anos: experiência da Caliber em imóveis alternativos antes de sua guinada cripto;
• 3 grandes firmas: Perkins Coie, Deloitte, Manatt — mobilizadas para orientar a transição digital.

Isso não é apenas uma jogada de marketing. A Caliber quer fazer de Chainlink um pilar de seus processos de negócios: avaliação de ativos, administração de fundos, automação de fluxos. Uma aposta que, se der certo, pode inspirar outros no setor financeiro corporativo.

Chainlink não está mais jogando pequeno. Seu mecanismo de conformidade ACE visa abrir as portas para mais de US$ 100 trilhões de capital tradicional. O caso Caliber pode ser apenas um prenúncio de uma onda de adoções que mudará a cara das tesourarias corporativas. E desta vez, as cartas podem realmente ser embaralhadas.