Trump propõe nova medida e exige que o tribunal permita sua destituição de Lisa Cook

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou novas alegações para justificar por que o presidente Donald Trump deveria ser autorizado a demitir a diretora do Federal Reserve, Lisa Cook, sob a acusação de suposta fraude hipotecária, enquanto ela contesta sua destituição. O departamento afirmou que a alegação de Cook, de que sua demissão teria como objetivo abrir caminho para cortes nas taxas de juros, é “totalmente infundada”.

Na quinta-feira, advogados do governo dos EUA voltaram a pedir ao juiz que rejeitasse o pedido de Cook, reforçando o argumento apresentado na semana passada durante uma audiência importante. Anteriormente, Cook havia solicitado ao tribunal que proibisse sua destituição enquanto o caso estivesse em julgamento. Poucas horas antes da apresentação deste documento, foi noticiado que o Departamento de Justiça dos EUA já havia iniciado uma investigação criminal contra Cook.

O governo argumenta que, de acordo com a lei dos EUA, as acusações de fraude inicialmente apresentadas pelo diretor da Federal Housing Finance Agency, Bill Pulte, são suficientes para constituir “motivo” para Trump demitir Cook. Pulte afirmou que Cook aparentemente mentiu em documentos de hipoteca, declarando falsamente duas propriedades diferentes como residência principal em 2021 para obter condições de empréstimo mais favoráveis.

No documento apresentado na quinta-feira, o Departamento de Justiça argumentou que o juiz não tem autoridade para “questionar” a decisão de Trump de considerar que havia motivo para demitir Cook. O governo também voltou a negar as alegações de Cook, que afirmou que sua destituição seria apenas um pretexto para permitir que Trump controlasse o Federal Reserve e promovesse cortes nas taxas de juros.

“A única ‘prova’ dela é que o presidente criticou a política do conselho”, diz o documento. “Mas o simples fato de haver divergências políticas não significa que o presidente tenha demitido a Dra. Cook por causa dessas divergências.”

O juiz Jia Cobb, do Tribunal Distrital Federal do Distrito de Columbia, realizou uma audiência de emergência na semana passada, mas ainda não informou quando tomará uma decisão.