Bitcoin atinge novo recorde histórico, mas ninguém comemora: por que a "temporada das altcoins" ainda não chegou?

Nas anteriores altas do mercado cripto, quando o Bitcoin ultrapassava sua máxima histórica, as redes sociais eram tomadas por comemorações frenéticas, investidores de varejo corriam para comprar e as altcoins disparavam em sequência.

Mas desta vez — o bull market de 2025 — está surpreendentemente silencioso.

O preço do Bitcoin segue subindo, rompendo novas máximas históricas, mas não há uma febre no TikTok, nem explosão de downloads da Coinbase, tampouco a loucura de “comprar qualquer moeda e ver subir”.

O mercado está estranhamente estável. Muitos começaram a se perguntar: será que o ritmo mudou desta vez?

Na verdade, a resposta é: o ritmo não mudou, apenas os jogadores mudaram.

1. O ciclo ainda está em andamento, só que mais lento, mais estável e mais institucionalizado

Cada ciclo cripto tem um ritmo fixo:

BTC sobe primeiro → ETH assume a liderança → Altcoins explodem em massa → Por fim, ocorre uma correção brusca.

Em 2017, o BTC atingiu o topo em dezembro, e a temporada das altcoins explodiu algumas semanas depois;

Em 2021, o BTC atingiu o pico em novembro, e o movimento das altcoins veio 28 dias depois;

E agora, o BTC está novamente próximo de sua máxima histórica, e estamos em uma “zona de espera” semelhante.

A diferença é que, desta vez, o mercado é dominado por capital institucional.

Os ETFs trouxeram capital na casa dos trilhões, mas eles não buscam lucros rápidos; eles apenas alocam, mantêm e estabilizam.

A volatilidade foi contida, o mercado ficou mais “racional” — e também mais entediante.

2. Varejo ausente, sentimento frio, altcoins ainda não decolaram

A dominância do Bitcoin (BTC.D) ainda está acima de 58%.

Historicamente, cada temporada de altcoins só começa de fato quando o BTC.D cai abaixo de 55%.

O capital ainda não girou, o que significa que o mercado ainda está na fase de acumulação institucional e moedas principais.

ETH é o gatilho-chave de todo o mercado.

Quando o Ethereum conseguir romper com firmeza os US$ 5.000 e puxar a liquidez do BTC para ativos de maior risco,

aí sim teremos um verdadeiro ciclo de rotação.

Em outras palavras:

“A temporada das altcoins não desapareceu, apenas foi adiada.”

3. O ambiente macro ainda é um fator de pressão

O Federal Reserve acabou de encerrar o ciclo de alta de juros, mas ainda não entrou em um modo totalmente expansionista.

Com juros ainda altos e liquidez restrita, as instituições preferem alocações de baixo risco em vez de especulação.

Quando a liquidez for liberada novamente, como em 2020–2021, o apetite por risco voltará com força total.

4. O “período de calmaria” do mercado costuma ser a véspera da tempestade

O mercado parece calmo agora, mas esse é justamente o sinal mais perigoso.

Volatilidade baixa, preços subindo de forma constante, investidores confiantes de que “desta vez é diferente”,

é o clássico “período de dormência” do ciclo.

A história nunca muda de verdade —

Quando todos começam a declarar que “as altcoins morreram”,

geralmente é a véspera da explosão do próximo ciclo de rotação.

Conclusão

A melodia do mercado cripto nunca mudou, apenas o ritmo ficou mais lento.

O rompimento do Bitcoin é apenas o prólogo; a verdadeira festa virá com a rotação de capital desencadeada pelo ETH.

Olhando para a janela de tempo, de outubro a dezembro é o período de virada crucial,

quando a liquidez macro melhora, as instituições realizam lucros e o varejo retorna ao mercado —

a temporada das altcoins acontecerá em velocidade relâmpago.

Portanto, a calmaria atual não é o fim, mas sim uma preparação.

Assim como em todos os ciclos anteriores,

“Quando as pessoas acham que o mercado acabou, é aí que a verdadeira alta começa.”