Atualmente, 172 empresas possuem 1,02 milhão de bitcoins no terceiro trimestre de 2025

No terceiro trimestre de 2025, o bitcoin se consolida como um pilar das estratégias financeiras das empresas. Com 1,02 milhão de bitcoins detidos por 172 companhias listadas, a rainha das criptomoedas vai além da especulação e se torna uma reserva de valor essencial. Decifrando uma revolução em andamento.

Q3 2025: A ascensão histórica do bitcoin nos portfólios institucionais

O terceiro trimestre de 2025 marca um ponto de virada para o bitcoin. De fato, as empresas de capital aberto que detêm bitcoin agora representam quase 40% do total, ou seja, 172 companhias, em comparação com bem menos há três meses. Além disso, o volume total subiu para 1,02 milhão de bitcoins, correspondendo a 4,87% do fornecimento total. Um aumento de 20,87% em apenas três meses, com uma avaliação superior a 117 bilhões de dólares.

As empresas não estão mais apenas observando: estão agindo. No terceiro trimestre de 2025, 48 novas empresas adicionaram bitcoin ao seu balanço, um recorde. Entre elas, players históricos como a Strategy, que fortaleceu sua posição com mais 40.000 bitcoins. Mas também novatas atraídas pela liquidez e potencial de crescimento do mercado. Essa dinâmica reflete uma confiança crescente no BTC como ativo de proteção e ferramenta de diversificação.

Gigantes do bitcoin: quem detém o quê e por quê?

Entre as 172 empresas que detêm bitcoin em 2025, algumas se destacam pelo tamanho de suas reservas. A Strategy, com 640.031 bitcoins, permanece como líder indiscutível, seguida pela MARA Holdings (53.250 BTC) e XX1 (43.514 BTC). Esses players adotam estratégias variadas:

• Acumulação agressiva para a Strategy;
• Mineração e aquisição direcionada para a MARA;
• Integração gradual para a XX1.

As empresas que mais detêm bitcoin em 2025.

Qual a motivação delas? Uma combinação de proteção contra inflação, especulação sobre a alta dos preços e inovação financeira. Com 48 novos players entrando no tesouro cripto nos últimos 3 meses, o movimento está acelerando. A Metaplanet, empresa japonesa, representa essa tendência na Ásia, onde o bitcoin é cada vez mais visto como ativo estratégico. Com 30.823 bitcoins, demonstra como as empresas asiáticas estão abraçando o tema, em resposta a políticas monetárias locais instáveis.

A aquisição recorde de 176.762 bitcoins no terceiro trimestre de 2025, principalmente por empresas americanas e asiáticas, destaca essa corrida pela adoção. As empresas não apenas detêm bitcoin: elas o integram ao seu modelo de negócios. Seja para atrair investidores, otimizar o fluxo de caixa ou se posicionar como pioneiras em um mercado em expansão.

BTC: um ativo corporativo legítimo ou uma aposta arriscada?

Apesar da adoção crescente, o bitcoin continua sendo um ativo volátil e controverso. Seus detratores apontam para fortes oscilações de preço, como a queda de 20% registrada em 2024, ou incertezas regulatórias, especialmente nos Estados Unidos e Europa. Para as empresas, esses riscos não são triviais: podem impactar sua avaliação no mercado de ações e credibilidade junto aos acionistas tradicionais.

No entanto, os benefícios são reais. O BTC oferece proteção contra a desvalorização das moedas fiduciárias, um argumento forte em um contexto de inflação persistente. Também permite que as empresas se diferenciem ao atrair investidores e talentos sensíveis a inovações tecnológicas. Algumas empresas, como a Tesla, já mostraram como o bitcoin pode servir como ferramenta de comunicação e crescimento.

O bitcoin entra em uma nova era dominada por empresas, com reservas que ultrapassam um milhão de unidades. Entre oportunidade histórica e risco calculado, sua adoção levanta uma questão fundamental: estamos testemunhando o surgimento de um novo padrão financeiro ou de uma bolha especulativa sem futuro?